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Helicóptero que atende governador fará transporte de órgãos em Santa Catarina

Foto: Maurício Vieira/Secom

Prioridade para a vida. Com esse objetivo em mente, o governador Carlos Moisés assinou nesta quarta-feira, 6, um convênio que permitirá utilizar para transporte de órgãos o helicóptero alugado até então exclusivamente para locomoção do chefe do Executivo catarinense. A assinatura ocorreu na Casa D’Agronômica, com a presença dos secretários Douglas Borba (Casa Civil), Helton Zeferino (Saúde), João Carlos Neves Júnior (Casa Militar), e do major bombeiro George de Vargas Ferreira, coordenador de transporte aéreo da Casa Militar.

O governador explicou que o atual contrato de aluguel da aeronave condiciona o pagamento de ao menos 25 horas mensais de voo e que, diante do tempo ocioso do equipamento, foi sugerido pela Casa Militar outra utilização. Desde o início do mandato, em 1º de janeiro, Moisés não voou com o helicóptero. Trata-se de um modelo Esquilo com capacidade para quatro passageiros.

“Nós entendemos que, além de ficar à disposição para o governador, o helicóptero pode atuar também na saúde. De que forma? Sendo colocado à disposição de quem faz o transplante de órgãos, com o transporte de uma unidade hospitalar para outra. Esse gesto vem na linha do que nós temos pregado: as ações do governo precisam ser boas não para quem governa, mas para quem vive e está em Santa Catarina”, disse o governador, salientando ainda que o estado ocupa posição de destaque em relação aos transplantes de órgãos (ver números mais abaixo).

Presente no ato, o secretário Helton Zeferino, da Saúde, frisou que a medida ajudará a salvar vidas, uma vez que dará celeridade ao transporte dos órgãos:

“Nós já temos hoje uma parceria com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, mas essas aeronaves acabam sendo utilizadas para atendimento de ocorrências e podemos ter um ínterim entre o atendimento da ocorrência e a captação. Agora temos mais uma aeronave disponível e isso vai fortalecer nosso time de captação de órgãos e se reverter em um grande benefício para a população”.

O secretário Douglas Borba lembrou que o contrato com a empresa de locação de aeronaves tem origem na Casa Civil e garantiu que a equipe técnica da pasta se assegurou para que não houvesse quaisquer riscos jurídicos com a assinatura do convênio.

“Uma das prioridades do nosso governo é a integração dos serviços públicos de fato. E, uma vez constatando-se que determinado contrato ou serviço tem sido subutilizado, nós procuramos dar a melhor destinação”, afirmou Borba.

O coordenador de transporte aéreo da Casa Militar, George de Vargas Ferreira, explicou como se dará a logística de funcionamento: a Secretaria de Saúde, por meio da SC Transplantes, entrará em contato com a Casa Militar, que, por sua vez, acionará a aeronave para realizar os transportes de órgãos.

“A utilização dessa aeronave traz mais agilidade e implicará na não ocupação de aeronaves que têm outros fins, de Segurança Pública, para realizar esse serviço”, detalhou.

Transplantes em SC

O número de doadores em Santa Catarina cresce desde 2005. Apenas nos últimos seis anos, houve um incremento de 50% na taxa de doadores efetivos, que passou de 27,2 por milhão de pessoas, em 2013, para 40,9 no ano passado. “Nos últimos 14 anos, em 11 fomos os líderes no Brasil, e nas outras três ficamos em segundo. Se Santa Catarina fosse um país, estaria entre os cinco do mundo com maior taxa de doadores de órgãos, na companhia de nações como Espanha, Croácia e Malta”, explica o coordenador estadual da SC Transplantes, Joel de Andrade.

Essa evolução está ligada à crescente solidariedade do povo catarinense e às ações de educação promovidas pela SC Transplantes com os profissionais dos hospitais. “É muito importante que a comunicação com a família seja bem feita, e que ela se sinta acolhida. Muita gente acha que a doação de órgãos só beneficia o receptor. Mas não é verdade. A doação de órgãos dá sentido e alivia a dor de quem perdeu um ente querido”, coloca Andrade.

De acordo com a SC Transplantes, a taxa de não-autorização familiar caiu 10% nos últimos seis anos. No estado, são realizados transplantes de córnea, esclera, coração, válvula cardíaca, fígado, rim, pâncreas, conjugado de rim e pâncreas, medula óssea autólogo (a partir das células tronco do próprio paciente) e tecido ósteo-condro-fáscio-ligamentoso.

No ano passado, de acordo com dados da SC Transplantes, foram 1.217 procedimentos, e os transplantes mais frequentes foram de córnea (462), rim (284) e fígado (135). Em Santa Catarina, seis hospitais realizam o procedimento (em Blumenau, Joinville, Florianópolis, Chapecó, Jaraguá do Sul e Itajaí).

TIRE SUAS DÚVIDAS

Como posso ser doador?
Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar a família do desejo da doação. A doação de órgãos só é efetivada após autorização familiar.

Que tipos de doador existem?
Doador vivo – Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.

Doador cadáver – São pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia.

Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador cadáver?
Coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos e tendão.

Para quem vão os órgãos?
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Ministério Público.

Como posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
Não existe dúvida quanto ao diagnóstico. O diagnóstico da morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar.

Após a doação o corpo fica deformado?
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.

Informações adicionais para a imprensa
Secretaria de Estado de Comunicação – Secom
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